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Principal autoridade eleitoral da Venezuela diz que não há evidências de que Maduro venceu eleição

Publicada em 27/08/24 às 09:40h - 5 visualizações

por Portal Franca Lider


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 (Foto: Portal Franca Lider )

Funcionário do Conselho Eleitoral questiona alegações de vitória de Maduro em entrevista ao The New York Times
Durante uma entrevista ao The New York Times, um membro do conselho eleitoral expressou fortes suspeitas sobre as alegações de vitória do ditador Nicolás Maduro

Uma das maiores autoridades em eleições da Venezuela, em uma afirmação que certamente irá sacudir a nação fatigada pela crise, declarou em uma entrevista que não possui evidências de que o ditador venezuelano ganhou as eleições do mês passado.

Governos globais expressaram dúvida e até incredulidade absoluta desde a votação de 28 de julho em relação à alegação de vitória de Nicolás Maduro. No entanto, a reação de Juan Carlos Delpino, membro da entidade governamental que anunciou a vitória de Maduro, é a primeira grande crítica proveniente do sistema eleitoral.

Delpino, em sua primeira entrevista oficial a um repórter desde a votação, afirmou que “não havia recebido nenhuma evidência” de que Maduro de fato conquistou a maioria dos votos.

Nem Maduro nem a entidade eleitoral divulgaram os números para respaldar as alegações de que o ditador venceu a reeleição. Por outro lado, a oposição divulgou comprovantes de milhares de urnas eletrônicas, evidenciando que o seu candidato, Edmundo González, obteve uma vitória avassaladora.

Ao declarar Maduro como vencedor sem provas, o órgão eleitoral “falhou com o país”, disse Delpino. “Estou envergonhado e peço perdão ao povo venezuelano. Porque todo o plano que foi elaborado – para realizar eleições aceitas por todos – não foi alcançado”.

Delpino, um advogado e um dos dois representantes no conselho eleitoral da Venezuela com inclinações para a oposição, expressou suas opiniões em segredo, temendo a resposta do governo. Recentemente, as autoridades de segurança de Maduro têm aprisionado qualquer indivíduo que pareça questionar sua intenção de permanecer no poder por mais seis anos. Este comportamento tem gerado receio em muitos venezuelanos, que acreditam que suas forças possam estar ultrapassando fronteiras na busca de seus adversários.

O órgão de cinco membros conhecido na Venezuela como C.N.E., ou Conselho Nacional Eleitoral, é responsável por estabelecer a estrutura das eleições e por receber e divulgar os resultados. Essas responsabilidades o tornam extremamente poderoso.

Quando Delpino foi escolhido como membro do conselho pela legislatura do país em agosto passado, muitos na Venezuela interpretaram isso como uma tentativa de conferir ao órgão um semblante de equilíbrio e legitimidade.

Na época, Delpino estava morando nos Estados Unidos e retornou à Venezuela para servir no conselho por causa de “grandes níveis de comprometimento” com o processo democrático, disse ele.

A crença predominante entre a população do país era de que Maduro controlava o conselho. Entretanto, Delpino, que é um membro antigo do partido opositor chamado Ação Democrática, afirmou que decidiu participar pois acreditava que a “via eleitoral” representava a rota para a mudança. Não houve resposta a um pedido de comentário por parte de uma representante do Conselho Nacional Eleitoral.

Na votação de julho, Maduro, que é o sucessor de Hugo Chávez e líder do movimento socialista no poder há 25 anos, enfrentou Edmundo González, um diplomata não muito conhecido que contava com o respaldo de uma popular líder da oposição, María Corina.

Irregularidades
Algumas horas depois da conclusão da votação no dia das eleições, Elvis Amoroso, presidente do conselho eleitoral e membro há muito tempo do partido de Maduro, declarou o ditador como vencedor, tendo obtido pouco mais de 50% dos votos.

Na mesma noite, Delpino optou por deixar de fazer parte do conselho, de acordo com suas próprias palavras, e se ausentou da coletiva de imprensa que declarou a vitória de Maduro.

Ainda que Amoroso não tenha fornecido documentos que validem o triunfo de Maduro, a oposição congregou os registros impressos de mais de 25.000 urnas eletrônicas no dia 28 de julho.

Os 25.000 comprovantes, que constituem mais de 80% de todas as urnas utilizadas no dia do voto, indicaram que González conquistou 67% dos votos. Recentemente, a oposição divulgou esses comprovantes em seu website.

Delpino não quis confirmar se possuía os resultados eleitorais recebidos pelo governo. Contudo, em uma declaração que planejava divulgar no X após a sua entrevista para o The New York Times, Delpino mencionou uma extensa lista de falhas que o fizeram “perder a confiança na integridade do processo e nos resultados anunciados”.

Essas irregularidades, escreveu ele, incluem: A recusa do Conselho Nacional Eleitoral em divulgar os resultados máquina por máquina, alegações de testemunhas eleitorais de que foram expulsas das seções eleitorais quando estas fecharam, impossibilitando-as de supervisionar os momentos finais da votação, uma interrupção na transmissão eletrônica dos resultados das máquinas de votação para o centro de dados do conselho (isso poderia criar uma oportunidade para adulterar os dados).

Adicionalmente, a “falta preocupante” de encontros do comitê nos meses que antecederam a votação, permitiu que Amoroso tomasse decisões “unilaterais” em relação ao processo. Isso tornou mais difícil para Delpino contrapor-se às estratégias que favoreceram a eleição de Maduro, como as restrições ao cadastro no exterior.

Delpino acordou otimista na manhã da votação, conforme revelou na entrevista, e se encontrava na sede do conselho eleitoral em Caracas às 6h. Contudo, quando o final do dia chegou e ele percebeu que Amoroso declararia uma vitória “irreversível” para Maduro sem apresentar evidências, optou por se retirar para casa ao invés de acompanhar o anúncio, afirmou.

Caso Maduro assuma novamente em janeiro, sua liderança e a de seu movimento se prolongará para uma terceira década. Durante a presidência dele e de seu predecessor, Hugo Chávez, o país abundante em petróleo experimentou um declínio econômico notável, onde a má gestão, a corrupção e as sanções dos EUA devastaram a economia.

Por: Agora Notícias Brasil




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